segunda-feira, 9 de agosto de 2010

5- Compreendendo as etapas

5- Compreendendo as etapas

Ter uma casa bonita, confortável e desenhada por um arquiteto como nas revistas de decoração não é só para milionários e celebridades. A supervisão de um profissional qualificado ajuda muito na concepção do novo espaço para a moradia e pode garantir o bom andamento de qualquer obra.

O arquiteto também calcula e planeja o cronograma de execução da obra. Isso tudo deve ser seguido por quem irá executar a obra, que pode ser o próprio arquiteto, que cobra uma porcentagem do custo estimado da obra, calculado pela metragem quadrada da área a ser reformada ou construída e pela complexidade dos serviços, sendo possível também contratar o profissional apenas para criar o projeto arquitetônico, que inclui mudanças e soluções para o espaço de acordo com o que o cliente necessita.

Com o acompanhamento de um profissional, evitam-se dores de cabeça típicas de reformas e construções, como escolher e comprar material e fiscalizar o trabalho de pedreiros, e, o que é mais importante, reduz-se bastante os riscos de ter de derrubar tudo e fazer novamente.

Os tipos de serviços que um arquiteto pode prestar são facilmente explicados a seguir:

Levantamento/ Visita ao Local – é realizada uma visita prévia ao local da obra para observar o terreno e o entorno (vizinhança), para servir de base para o estudo preliminar.
Estudo Preliminar – proposta gráfica inicial, visando a plástica e a funcionalidade da edificação, cujo partido sugerido contemple também as características essenciais relativas à viabilidade técnica e aos condicionamentos legais do empreendimento.
• Projeto - de forma simples, o projeto contém plantas e perspectivas, cálculos e projetos complementares de estrutura, instalações elétricas e hidráulicas, além de opções de materiais para estruturas e acabamentos. Dentro deste item existem algumas fases que podem ser contratadas independentemente:

Anteprojeto ou Projeto Pré Executivo: Solução Geral do problema com a definição do partido adotado, da concepção estrutural e das instalações em geral possibilitando clara compreensão da obra a ser executada.
Projeto Legal: Desenhos e textos exigidos por leis, decretos, portarias ou normas e relativos aos diversos órgãos públicos ou concessionários, os quais o projeto legal deve ser submetido para análise e aprovação
• Projeto Básico (opcional): Solução intermediária do Projeto Executivo Final, que contém representação e informações técnicas da edificação que possibilitem uma avaliação de custo, já compatibilizadas com os projetos das demais atividades projetuais complementares.
Projeto Executivo Final: Solução definitiva do Anteprojeto, representada em plantas, cortes, elevações especificações e memoriais de todos os pormenores de que se constitui a obra a ser executada: determinação da distribuição dos elementos do sistema estrutural e dos pontos de distribuição das redes hidráulicas, sanitárias, telefônicas, ar condicionado, elevadores e de informática.
Projetos Complementares: projeto com a representação dos pontos hidráulicos, pontos elétricos e tubulação telefônica adequados às necessidades do proprietário visando à perfeita execução da obra.
Detalhamento: informações minuciosas dos complementos exclusivos da obra, cujos desenhos e/ou memoriais descritivos deverão expor os detalhes técnicos executivos referentes aos componentes especiais e/ou adicionais da construção.
Acompanhamento da obra - nessa fase, o arquiteto acompanha cada etapa da execução para checar se tudo está sendo seguido de acordo com as especificações do projeto. Geralmente, o profissional visita a obra uma vez por semana e, se o piso foi colocado errado, por exemplo, é possível mudar a tempo, o ideal é que o cliente contrate também o arquiteto que fez o projeto para acompanhar a obra, mesmo que esse profissional não faça o gerenciamento; caso contrário, o projeto deverá estar muito detalhado para que a construtora entenda o execute corretamente.
Gerenciamento da obra - o arquiteto faz cotações de preços em três fornecedores, compra materiais, contrata de profissionais e acompanha toda a execução dos serviços. Esse serviço também pode ser feito por outros profissionais ou até pelo proprietário/empreendedor.
Consultoria - se a intenção é apenas uma reforma simples, como troca de revestimentos, o arquiteto pode ser contratado para uma consultoria. Nesse caso, ele sugere opções de acabamentos, produtos e mão-de-obra, sem necessidade de plantas e detalhamento técnico. Essa situação não é comum no mercado, muitas vezes por falta de informação de que isso é possível.
Contrato e prazos - depois de tudo resolvido, é hora de colocar no papel. E isso inclui serviços a serem prestados, preços e prazos; é necessário que tudo fique muito claro. Inclusive para o cliente, que precisa ter em mente que os prazos também dependem dele. Por exemplo, a aprovação de um layout para dar continuidade à obra.
• Reserva técnica: Procedimento comum no mercado, a reserva técnica é um desconto que os fornecedores (lojas ou prestadores de serviço) costumam oferecer ao arquiteto como um “prêmio” por indicar seu produto ou serviço. Alguns profissionais gostam de repassar metade desse desconto para o cliente, mas o importante é sempre haver clareza nesse tipo de relação.
• Coordenação- A coordenação e orientação geral dos cálculos complementares ao projeto arquitetônico tais como: calculo de estrutura, das instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias, das instalações elétricas, telefônicas e de informática, caberão sempre ao arquiteto o qual, a seu critério, poderá indicar profissionais legalmente habilitados para sua execução.

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