Seattle Central Library (Parte II)
Cada vez mais o espaço público foi
substituído por acomodações de quase-públicas, que embora sugerindo um convite aberto,
na verdade, para entrar é necessário pagar, por aquilo que na essência de público
deveria ser de livre acesso.
Flexibilidade é uma constante no programa da
biblioteca. Concebida de “pisos genéricos” em que podem acontecer diversas
atividades simultaneas.
Com o surgimento de novas mídias,
a “biblioteca” parece ameaçada, como uma fortaleza pronta para ser tomada por uma
horda de saqueadores tecnológicos. Neste senário abstrato, a eletrônica se
torna o bárbaro, sua onipresença, intangível e sua acessibilidade incontrolável
parece representar uma perda do controle de todo acervo da civilização. Em
resposta a “biblioteca”, tornou-se defensiva, proclama sua responsabilidade
social.
A “biblioteca” está intimamente ligada aos valores conceituais do livro: ela é a sua fortaleza, os bibliotecários são seus guardiões. O desafio foi redefinir a biblioteca como uma instituição não mais exclusivamente dedicada a ele, mas como um local de armazenamento de informações, onde todas as formas de mídias são acessíveis.
Novos e antigos são apresentados igualmente
e de forma legível. Numa era onde a informação pode ser acessada em qualquer
lugar, é a simultaneidade de todos os meios e (mais importante) a curadoria do
conteúdo que faz a biblioteca um equipamento primordial.
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