As Muralhas da China
As Muralhas da China ou Grande Muralha, como também é conhecida, estende-se desde o passo de Jiayuguan, na província de Gansu, lado oeste, até a foz do rio Yalujiang, na província de Lioning, ao leste. A travessa o Deserto de Gobi, quatro províncias: Hebel, Shanxi, Shaanxi e Gansu e duas regiões autônomas, Mongólia e Ningxia.
É uma impressionante estrutura de arquitetura militar erguida durante a China imperial. Consiste em diversas muralhas, construídas durante várias dinastias ao longo de aproximadamente dois milênios. Sua construção começou no ano 220 a.C e foi terminada no século XV, durante a dinastia de Ming.
As características da Grande Muralha variam de acordo com a região em que os diferentes trechos foram construídos, isto em consequência da diferença de materiais, condições de relevos, projetos e técnicas construção e, até mesmo, devido à situação militar de cada dinastia.
Além de muros, em posição dominante sobre o terreno, as muralhas compreendem ainda elementos como portas, cerca de quarenta mil torres de vigilância, vários fortes que guarneceram as posições estratégicas e ainda o passo entre as montanhas. No passado, a sua função era essencialmente defensiva, ou seja, para proteger a China dos ataques dos mongóis, xiambeis e outros povos inimigos. Por volta do século XVI, elas perderam sua função estratégica e a partir de 1664, foram abandonadas, com a expansão da dinastia de Qing, em direção ao norte. No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping fez da Grande Muralha o símbolo da China e até hoje ela é considerada como tal. Em 2012 foi anunciado que sua extensão é de 21.196,18 km, segundo dados divulgados pela agência estatal chinesa e aproximadamente 7 metros de altura. Em 1986 foi inscrita na lista do Patrimônio Mundial da Humanidade.