Nascido
na Alemanha em 27 de março de 1886 na cidade de
Aachen, Ludwig Mies Van der Rohe foi provavelmente um dos mais
influentes arquitetos da primeira metade do século 20.
Com Walter
Gropius, criou em 1919 a Bauhaus, em Weimar - Alemanha, com o objetivo de
formar, pelo trabalho de equipe, artesãos, escultores, pintores e arquitetos
para as tarefas de desenhar e criar novos produtos industriais. Em 1930, assume
a direção da escola, nessa época instalada em Berlim, após uma passagem por
Dessau, permanecendo no cargo até 1933, quando a escola foi fechada pelos
nazistas. Deixou a Alemanha em 1937, partindo para os Estados Unidos.
Naturalizou-se americano em 1949, rompendo formalmente os laços com a Alemanha,
veio a falecer em Chicago, Illinois, em
17 de agosto de 1969.
Em 1938
tornou-se diretor do “Illinois Institute
of Technology”, cargo em que permaneceu por duas décadas, e acabou
criando as bases da moderna cidade de Chicago, construída em aço e vidro,
quando projetou o prédio do “Federal Building” que abriga o correio. Criou
também prédios para o Instituto de Tecnologia de Illinois. O rigor das
proporções (1), a valorização da infra-estrutura como elemento estético (2), e
a precisão do detalhe (3) foram os princípios que nortearam o conjunto de suas
obras.
O
estilo ascético de Mies Van der Rohe era reafirmado pela expressão que
costumava utilizar como justificativa do funcionalismo de seus projetos: "less is more”, ou "menos é
mais", frase que se tornou a essência da arquitetura no meio do século 20.
Conhecido
como um dos criadores do “International
Style” marcado por uma arquitetura que prima pelo racionalismo e pela
utilização de uma geometria clara e sofisticada, Mies Van der Rohe fazia uso de
materiais modernos, como o aço industrial e o vidro para definir os espaços
interiores, e a aparência exterior de suas obras. Concebeu espaços austeros mas
que transmitiam uma concepção de elegância e cosmopolitismo. Um bom exemplo disso
foi sua primeira obra importante, o pavilhão alemão para a Feira Universal de Barcelona, em 1929.
Pavilhão Alemão para a Feira Universal de
Barcelona em 1929
Construção
temporária do pavilhão na exposição em 1929, foi demolida no ano seguinte, pode
ser entendida como uma das mais perfeitas expressões do pensamento projetual de
Mies van der Rohe, resumido em sua célebre frase “Menos é mais”. É considerado um marco importante na história da
arquitetura moderna, sendo conhecido pela sua geometria depurada e pelo uso
inovador e extravagante de materiais tradicionais, como o mármore, ou de novos materiais
industrializados, como o aço e o vidro. A construção foi demolida no final da
Feira, mas devido à importância que teve para a história da arquitetura e na
própria biografia do arquiteto, a Fundação Mies van der Rohe
encomendou sua reconstrução, no mesmo local, em 1986.
Casa Farnsworth
Entre
1946 e 1951, Mies projetou e construiu a icônica casa de fim de semana, que
deveria servir de retiro, nos arredores de Chicago, para a médica Edith
Farnsworth e que se tornaria uma das principais obras de referência da
arquitetura moderna. Uma estrutura minimalista limitada à pele e esqueleto do
edifício definem o espaço interior cúbico simples, permitindo que a natureza e
a luz o envolvam. A influência desta obra pode verificar-se pela quantidade de
"casas de vidro" modernistas, das quais a mais notável talvez seja a
de Philip Johnson, localizada junto de Nova Iorque, pertencente atualmente ao
National Trust for Historic Preservation.
Edifício Seagram
Em
1958, Mies van der Rohe projetou o que veio a ser considerado por muitos como
o auge da arquitetura funcionalista para arranha-céus: o Edifício Seagram, em
Nova Iorque, tornar-se-ia um ícone representativo do poder crescente das
corporações empresariais, que viria a definir o próprio século XX. Numa decisão audaciosa e inovadora, Mies
revolucionou o padrão construtivo novaiorquino ao deixar livre metade do
terreno dedicado à obra, definindo uma praça com fonte para usufruto público em
Park Avenue em frente ao edifício, provando que era não só viável, como
benéfica para a imagem da companhia. O projecto caracteriza-se por uma cortina
de vidro, com perfis de bronze a cobrir a estrutura de aço.
CONJUNTO DE OBRAS:
1921
- Edifício comercial na Friedrichstrasse, Berlim - Alemanha;
1927 - Apartamentos
Weissenhof, Stuttgart – Alemanha;
1928 - Casa
Hermann Lange, Krefeld – Alemanha;
· 1929
- Pavilhão Alemão da Feira Universal de Barcelona - Espanha
1930 - Casa
Tugendhat, Brno - República Tcheca;
1941 - Projeto
do Campus do Instituto de Tecnologia de Illinois;
·
1946 - Lafayette Towers – Detroit - EUA
1950
- Casa Farnsworth, Plano – EUA;
1951
- Promontory Apartments, Chicago;
· 1951 - Lake Shore Drive Appartment, Chicago –
EUA;
1956
- Crown Hall (faculdade de arquitetura do IIT) – EUA;
1957 - Batery Park Apartments de Nova
York - EUA;
1959 – Chicago Federal Center - EUA
1968 - Seagram Building, na Park Avenue,
Nova York – EUA;
1968 – IBM Building, Chicago – EUA;
1968 -
Neue Nationalgalerie, Berlim- Alemanha;
1969 - Columbia Broadcasting System - CBS Building,
Nova York
1927 - Apartamentos
Weissenhof, Stuttgart – Alemanha
1928 - Casa Hermann
Lange, Krefeld – Alemanha
1929
- Pavilhão Alemão da Feira Universal de Barcelona - Espanha
1930 - Casa Tugendhat, Brno
- República Tcheca
1946 - Lafayette Towers – Detroit - EUA
1950
- Casa Farnsworth, Plano – EUA
1951
- Promontory Apartments, Chicago
1956
- Crown Hall (faculdade de arquitetura do IIT) – EUA
1959 – Chicago Federal Center - EUA
1968 - Seagram
Building, na Park Avenue, Nova York – EUA
1968 - IBM Building, Chicago - EUA
1969 - Columbia Broadcasting System - CBS
Building, Nova York – EUA
1951 - Lake Shore
Drive Appartment, Chicago – EUA
·
1968 - Neue
Nationalgalerie, Berlim- Alemanha