Desenho Fiesp de Eduardo Bajzek
Aos iniciantes na Arquitetura
Na história da humanidade, a arquitetura sempre esteve presente de uma maneira ou de outra, seja como uma forma de manifestação cultural; seja como manifestação artística; uma técnica de construção; ou mais recentemente quando ganhou características na produção, construção e formulação de nossas cidades.
São estas cidades que estão determinando o nível de desenvolvimento humano dos países. O planejamento e construção destas cidades é uma das atribuições destes profissionais e, diria inclusive que o futuro do Brasil depende também dos seus Arquitetos Urbanistas.
Os Arquitetos Urbanistas são pessoas dotadas de habilidades múltiplas com linguagem projetual, e que transitam entre as Ciências Exatas, Ciências Humanas e Sociais aplicadas, não desconsiderando também a necessidade em se conhecer, conviver e enfrentar questões pertinentes à área da saúde.
Os Arquitetos enfrentam estes desafios com sabedoria e determinação, para que possam atuar na prática profissional como agentes responsáveis pela parcela que lhes cabe na sociedade. Sejam críticos contumazes dos seus atos para que nunca se afastem dos objetivos, quer estejam exercendo funções em empresas privadas ou servindo em repartições públicas. A profissão não se limita ao gerenciamento de empreendimentos, as técnicas de planejamento e construção, organização, direção e controle de obras e projetos, criação de novos empregos, preservação do meio ambiente, a melhoria da qualidade de vida humana; mas fazer com que a profissão esteja a disposição e a serviço de todos.
Disse o Arquiteto Romano Marco Vitrúvio, um dos primeiros homens a ousar escrever sobre arquitetura ainda no século I DC, que “a ciência do arquiteto é ornada por muitos conhecimentos e saberes variados, pelos critérios da qual são julgadas todas as obras das demais artes. Ela nasce da prática e da teoria”. Para ele a “prática é o exercício constante e freqüente da experimentação, realizada com as mãos. Teoria, por outro lado, é o que permite explicar e demonstrar por meio da relação entre as partes e as coisas realizadas pelo engenho” [POLIÃO, Marco Vitrúvio. Da arquitetura. Editora Hucitec, 2002, p. 49].
Lúcio Costa insiste dizendo: "arquitetura é uma manifestação tolhida das artes e que tudo não passa de cenografia quando ela se perde em intenções meramente decorativas. Mas a intenção plástica é o que distingue arquitetura de uma simples construção. Pode-se então definir a arquitetura como construção concedida com o propósito de organizar e ordenar plasticamente o espaço e os volumes decorrentes, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de uma determinada intenção” [COSTA, Lúcio. Arquitetura. Rio de Janeiro, Editora José Olympio, 2002, p. 21].
Boa sorte e perseverança!